Esteve patente ao público, entre 22 de abril e 10 de maio, na sala polivalente da Biblioteca Municipal, a exposição “A Revolução dos Cravos na Imprensa da Época”, uma mostra documental cedida temporariamente pela Associação/Arquivo Ephemera, que concorreu para a comemoração local do cinquentenário do 25 de Abril.
Esta exposição, que disponibilizou à comunidade penalvense um conjunto diversificado de documentos originais, de valor histórico inestimável, sobre um dos acontecimentos mais relevantes do último século português, foi coorganizada pelo Município e pelo Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo.
Estiveram expostos jornais diários do próprio dia 25 de abril de 1974 e dos dez dias seguintes, um com a orgulhosa menção “Este jornal não foi visado por qualquer comissão de censura”, jornais publicados posteriormente, cartazes da época e outros já a celebrar e a fixar a memória do dia, numa ilustração da iconografia então corrente (o cravo, a pomba, o chaimite, os soldados, Vasco Gonçalves, o povo,..), e, por fim, um olhar contemporâneo para o exercício da liberdade e da democracia, num conjunto de cerca de 300 graffitis realizados em diversos pontos do país, projetados numa parede, que pretenderam dar uma imagem da diversidade das formas de manifestação em que consistiu a explosão que o 25 de Abril provocou.
Os materiais foram cedidos temporariamente pela Associação/Arquivo Ephemera, uma Organização fundada e impulsionada por José Pacheco Pereira, um conhecido investigador de história contemporânea portuguesa, jornalista, cronista e político, que conta já com 6 km lineares de documentação, mais de 250 mil títulos e constitui ao maior repositório documental privado português e um dos maiores da Europa (com representação de objetos de 100 países).