XXVI Feira da Maçã Bravo de Esmolfe foi um sucesso!

Decorreu, no dia 9 de outubro, no Centro de Exposições de Produtos DOC, na Freguesia de Esmolfe, a XXVI Feira da Maçã Bravo de Esmolfe, resultante de uma iniciativa da Câmara Municipal de Penalva do Castelo e da Junta de Freguesia de Esmolfe, com o apoio da FELBA – Promoção das Frutas e Legumes da Beira Alta.

O dia iniciou com o Trail “Maçã Bravo de Esmolfe”, que juntou cerca de 300 participantes. Este evento desportivo teve como objetivo divulgar e promover não só a prática desportiva, mas também o património natural e paisagístico do território, os produtos endógenos nomeadamente o vinho Dão de Penalva e a rainha das Maçãs Portuguesas, a Maçã Bravo de Esmolfe.

A Cerimónia Oficial da XXVI Feira da Maçã Bravo de Esmolfe contou com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Diretor Regional da Agricultura, Fernando Martins, do Vice-Presidente da CCDRC, José Morgado, da Diretora da Cultura do Centro, Suzana Menezes e demais entidades.

Pelas 10.30h as entidades oficiais foram recebidas pela Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo.

Na breve cerimónia, usou da palavra o Presidente da Junta de Freguesia de Esmolfe, Nuno Marques, que agradeceu a presença de todas as entidades presentes, produtores de maçã Bravo de Esmolfe, artesãos e os demais. Apontou as dificuldades, como a seca, mas também as alterações climáticas que estão a alterar as características da maçã, nomeadamente a sua cor rosada. Pediu à Secretária de Estado a criação de incentivos para os jovens entrarem nas fileiras agrícolas e também ao Presidente da Câmara a construção de açudes ou charcos para o regadio.

De seguida o Vice-Presidente da FELBA, Rogério Martinho, realçou a importância da certificação da Maçã Bravo de Esmolfe enquanto produto de denominação de origem protegida. Afirmou que os agricultores vivem momentos difíceis com a falta de água e com os custos de produção que são limitativos da capacidade de Portugal competir no mercado global. Defendeu a necessidade de se criar um “teto” para o gasóleo agrícola, de diminuir o custo energético através do tarifário e aumentar o consumo de frutas tradicionais nos mais novos, nomeadamente nas escolas.

O Diretor Regional da Agricultura, Fernando Martins, reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Município de Penalva do Castelo e explicou que o PRR apoiou 100 explorações no concelho, tendo-se registado 18 candidaturas de jovens e no setor frutícola apenas um se instalou. Defendeu que as novas gerações devem ser cativadas através das novas tecnologias.

O Presidente da Câmara Municipal, Francisco Carvalho, referiu que a Câmara investiu cerca de oitocentos mil euros na recuperação de dez açudes, seis no rio Dão e quatro no Rio Côja, destinados à agricultura mas também ao combate a incêndios e de solidariedade com os municípios servidos pela Barragem de Fagilde. Pediu ao Governo a desburocratização do PRR para facilitar a vida aos agricultores. Solicitou a intervenção da Senhora Secretária de Estado, junto do Governo e Associação Nacional de Seguros, para que o concelho de Penalva do Castelo deixe de constituir uma zona de maior risco para efeitos de Seguros Agrícolas. Afirmou que o Governo deve criar mecanismos para que a agricultura veja sempre assegurada a mesma receita independentemente das condições climatéricas. Para terminar agradeceu à Diretora Regional da Cultura do Centro, Suzana Menezes, pelo facto do Mosteiro do Santo Sepulcro ter sido reclassificado como um Monumento Nacional. Garantiu que a obra de recuperação estará concluída a 30 de junho de 2023.

A Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, confessou ser a primeira vez que visita a Freguesia de Esmolfe, mas referiu que conhece bem a Maça Bravo de Esmolfe e as suas propriedades. Enquanto investigadora que estudou várias espécies de maçã, afirmou que a Maçã Bravo de Esmolfe tem uma substancia própria que é hoje utilizada em snakcs e outros produtos naturais e, por isso, uma ajuda nas dietas saudáveis.

Considera a maçã Bravo de Esmolfe, um embaixador do território, que tem potencial enquanto motor de investigação, de desenvolvimento tecnológico e de criação de outros negócios.

Destacou também o que considera ser o “ingrediente” fundamental para o desenvolvimento de Penalva do Castelo e para a sua prosperidade: a identidade. A resiliência dos territórios do interior passa pela capacidade que têm tido de fixar pessoas e de diversificar e, a sua base económica passa por explorar aquilo que cada território tem de identitário.

Mostrou-se sensibilizada pelo pedido do Sr. Presidente da Câmara e reforçou que o apoio às Zonas do Interior é uma preocupação do Governo.

Seguiu-se da visita aos produtores de maçã Bravo de Esmolfe e restantes expositores (artesanato, produtores/engarrafadores de vinho de Penalva do Castelo, fumeiro e IPSS).

Pelas 12.00h subiu ao palco a Casa do Povo de Esmolfe, que animou as centenas de visitantes.

Durante a tarde, decorreu a entrega dos prémios do VI Concurso “Delícia de Maçã de Esmolfe”, que tem como objetivo continuar a criar/reinventar novos produtos em que o ingrediente principal seja a maçã Bravo de Esmolfe. Foram apresentadas 12 delícias. O primeiro lugar foi obtido pelo Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo, com a delícia “Flor de Maçã Bravo de Esmolfe”, o segundo lugar foi para Fernanda Ferreira Mendes Lopes com a “Queijadinha Maçã Bravo de Esmolfe” e o terceiro lugar Casa do Povo de Esmolfe que apresentou a “Delicia de Outono”.

A animação teve a cargo do grupo Artur & Márcia seguindo-se do artista Canário & Amigos, que encheu o recinto.

O Município de Penalva do Castelo tem desenvolvido uma estratégia municipal direcionada para a implementação de medidas de marketing territorial, promovendo e divulgando o que de melhor se produz no concelho, com objetivo de valorizar e dinamizar o seu território, contribuindo assim para o desenvolvimento local e potenciando maior atratividade.

 

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